Atrás dos muros altos com garrafas partidas
Bem para trás das grades do silencio imposto
As crianças de olhos de espanto e de medo transidas
As crianças vendidas, alugadas, perseguidas
Olham os poetas com lágrimas no rosto.
Olham os poetas as crianças nas vielas
Mas não pedem cançonetas
Mas não pedem baladas
O que elas pedem é que gritemos por elas
As crianças sem livros, sem ternura, sem janelas
As crianças dos versos que são como pedradas.
Raúl Amilcar
quinta-feira, 26 de julho de 2007
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