De volta...

Depois de tanto tempo de ausência, senti hoje vontade de voltar a escrever, onde um dia escrevi o que me vinha na alma.

Não sei se ainda faz sentido ou se algum dia o fez, apenas sei que quero voltar. Quero voltar a escrever o que há vários meses não escrevo... Quero voltar a exteriorizar aquilo que por vezes pretendo esquecer.

Não sei o porquê, sem se voltarei por muito tempo. Nada é constante e definitivo, e tenho sido prova disso com as minhas presenças e ausencias constantes.

Ninguém se espantará se eu escrever várias vezes por semana, ou estiver meses sem ditilografar uma única linha... Apenas serei eu, tal como sempre fui...

Faz Parte

Trazes a vida nos braços
Pousas o mundo no chão
Largue os medos na estrada
E desmontas cada peça
De que é feito o coração

Deixas lá fora o cansaço
Desarmas a solidão
Brindas sonhos ao relento
Como quem junta os pedaços
Entre a loucura e a razão

Faz parte ser um pouco perdido
Faz parte começar outra vez
Faz parte ir atrás dos sentidos
E voar a sentir o mundo na ponta dos pés

Guardas a vida nos braços
Pousas os dias no chão
Brinda sonhos ao relento
Como quem junta os pedaços
De quem é feito o coração

Trazes o tempo desfeito
No que procuras em ti
Se olhares no fundo do peito
Saberás quem és
Mesmo até ao fim

Faz parte ser um pouco perdido
Faz parte começar outra vez
Faz parte ir atrás dos sentidos
E voar a sentir o mundo na ponta dos pés


"Faz Parte"
Mafalda Veiga, in "Chão"

Dificil...

É dificil ver-te assim e não poder fazer nada, não saber o que fazer, não permitires que ninguém faça nada.

É dificil olhar para ti e ver-te tentar convencer toda a gente que tudo está bem, que estás feliz, quando na realidade estás destruído, de rastos.

É dificil ver o quanto te tentas convencer a ti próprio que tudo está bem, que é este o caminho que queres seguir, e que mesmo que o caminho estivesse mal nada podias fazer.

Não sei se durante a caminhada foste tu que te perdeste num dos trilhos, se fui eu que deixei de te conseguir perceber.

Não sei se ainda te conheço, e sobretudo se ainda te conheces.

Já não falas... não sorris... 

Os teus olhos transparecem a tristeza da tua alma, enquanto os teus lábios proclamam a felicidade.

Não sei como agir, como alterar o rumo que traças a cada minuto que passa, e te resgatar de ti próprio quando tu queres manter a prisão.

Tentei e tento perceber, tentei e tento compreender o que está por trás dos teus silencios prolongados.

Tento, mas não sei se consigo, se sou capaz...

Transportes Públicos

"Já sei o que são transportes públicos! São experiências satánicas!"

Reflexão de um desconhecido no metro, de manhã.

Encontro

Preciso de me encontrar comigo mesma... Não sei o que mudou, mas sei que não está tudo na mesma.

No entanto, não era esta a mudança que procurava.

Agora, sinto falta de algo que não sei classificar, sinto um vazio que me leva a querer mudar, mas que não me indica qual o caminho a seguir, nem a mudança que busco.

Não sei explicar o motivo desta mudança, do surgimento deste sentimento. Nada aconteceu aparentemente para ele bater à porta, mas chegou vindo de não sei onde, e sem me aperceber abri-lhe a porta e convidei a entrar. Agora, não consigo convidar a sair, nem sei como o fazer.

Preciso de me encontrar comigo, mas não sei qual o caminho a seguir.

Bom Dia

Falta de paciencia...

Já não há quem aguente...

Por muito que até digam que sou uma pessoa bastante paciente, já nem eu tenho paciencia...

Mas será que as pessoas vivem no mesmo mundo que eu, ou eu vim directamente de outro planeta?

Por vezes parece que sou a única que tem noção das coisas, noção da realidade, e que por muito que as pessoas tentem ser prestaveís não é para abusar...

A paciencia tem limites.

Ausência

Sei que tenho ausente... Sei que não tenho estado tão presente quanto devia, ou era esperado, sei que não tenho telefonado ou enviado mensagem o quanto era duposto um amigo enviar, sei de tudo isso, e peço desculpa pela ausência, pelo afstamento involuntário.

Porém, tal não significa que me esqueça das pessoas, que não me lembre das pessoas que para mim são importantes...

Sei que isso pode levar as pessoas as sentirem-se desiludidas comigo, e com alguma razão.

Mas sei também, que quem me conhece sabe que não é por não dizer nada, que as pessoas perderam a sua importância para mim, e me vão desculpar.


A única coisa que posso prometer é estar mais presente, e isso vou tentar fazê-lo...

Lobos e vampiros...

É estranha a sensação de saber que vou chegar a casa, e não tenho à minha espera os vampiros e lobos...

Porque é que ainda não saiu o 4º livro de "Luz e Escuridão" da Stephanie Meyer em Portugal??? Quero o "Breaking Dawn"...

Resoluções...qual o sentido?

Um ano novo começou...

Depois de toda a euforia com a passagem de ano que toda a gente sente (ou não... é mais um motivo para beber uns copos que outra coisa qualquer, como se o pessoal precisa-se de motivos para festejar o que quer que seja e beber), olho à volta e tudo está igual...

Nada mudou, nem em nós mesmos apesar de todas as resoluções que fizemos para o novo ano.

Questiono-me porque ainda as fazê-mos... será que há alguma parte de nós que ainda acredita que as vamos cumprir? Dúvido... Não é pelo facto de passarmos a escrever outro número no ano que as coisas mudam, e sobretudo que nós mudamos o que realmente interessa - as nossas atitudes, os nossos comportamentos, as nossas vontades, os nossos vicios...

Apesar de tudo somos as mesmas pessoas, e todas as resoluções que fizemos caem por terra uns dias após as termos feito.

Lá fora o dia continua chuvoso, tal como no último do ano, dois dias atrás... Pelo menos o tempo não prometeu melhorias, sabendo que continuaria mau, de chuva, algum frio...