segunda-feira, 12 de novembro de 2007

Hoje, o passado e tu...

Hoje, escrevo a pensar em ti e para ti... Sei que provavelmente nunca o lerás, ou talvez venhas a ler um dia e eu não o venha a saber.

Tive conhecimento do que se tem passado contigo, e da fase que se inicia na tua vida. Quando o soube, senti-me triste por não ter estado lá quando mais precisaste, por não estar lá neste momento e por mais uma vez num dos momentos mais importantes da tua vida irei estar ausente.

Na verdade, foram poucos os momentos realmente importantes da vida um do outro em que estivemos presentes.

Pergunto-me porque é que as coisas têm de ser assim...

Passamos tanta coisa juntos, horas de conversas sem fim, gargalhadas e lágrimas em conjunto, experiencias e doidices...

Hoje, passo por ti e somos perfeitos desconhecidos, como se nunca nos tivessemos cruzado, ou antes, como se já nos tivessemos visto mas nunca nos tivessemos falado.

É estranha a sensação...

Quando nos cruzamos, continuo a ver em ti o amigo que um dia foste, sempre presente, verdadeiro, e incondicional.

Hoje nao és a pessoa que um dia conheci... Não o podes ser...

As escolhas que um dia fizemos tiveram um preço elevado... e mais elevado ainda foi o preço que pagamos por nao ter lutado, por nao ter dito não, por simplesmente deixarmos ver a vida correr.

Hoje, e apesar de tudo continuo a desejar que a vida te sorria, nao te faça apenas sorrir, mas rir de verdade... desejo isto por Ti, e unicamente por ti, pela pessoa que um dia foste e pelo significado que tiveste para mim.

Sei que não dei o suficiente, que me pedias mais, que nunca percebeste que o alcance do sentimento(ou que pelo menos o sentimento era mutuo)... Sei que sentiste que te considerava apenas mais um do grupo, embora nunca o tivesses sido... Sei que por vezes duvidaste do que significava a palavra AMIGO!

No entanto nunca foste apenas mais um do grupo, foste sempre o meu grande AMIGO...

2 comentários:

Anónimo disse...

Como é maravilhoso o dom da escrita. Palavras escritas de uma pessoa para outra, directamente. E, ainda assim, a encontrarem eco no interior de quem as lê, alheio à autora e destinatário, que se identifica com elas, que as poderia ter escrito ou lido, que as sente como suas, que trazem à memória um passado demasiado presente, descrevem na perfeição uma vivencia que não a sua...
Não cessa de me espantar tal constatação. Acho que as palavras deixaram de te pertencer, Autora. São agora de todos as que as lerem, mas ser-te-á reconhecido o Dom com que as escreves, com que falas de ti, de alguém, de toda a gente.
Obrigado.

tulipa_negra disse...

Caro Rafael,

agradeço as tuas pelavras. É bom saber que aquilo que escrevo, embora tenha na grande maioria das vezes um destinatário especifico, faz sentido para algumas das pessoas que lêm o meu blog, e se identificam com posts do mesmo.
Sê sempre bemvindo.

Bjs
Tulipa Negra